terça-feira, 21 de julho de 2009

O paraíso é logo ali...

Após alguns anos sem férias, cá estou eu aproveitando-as, merecidamente...

Como eu havia mencionado, desisti de alguns planos e fiquei aqui pelo nosso Brasil mesmo, descobrindo belezas que eu não sabia que existiam.

Na primeira parte das férias, decidi pelo ecoturismo (soa politicamente correto... rsss). Na verdade, queria saber porque pessoas de todo o país e tantos estrangeiros voltam encantados da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.

Apesar de tão pertinho aqui de Brasília, fui pela primeira vez e o lugar (me perdoem o clichê) é realmente o paraíso! Quem acredita sabe que para entrar no paraíso é necessário muito esforço. E haja esforço! Principalmente para quem não é acostumado com esportes radicais, como eu...


À entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros os guias explicam as dificuldades que serão enfrentadas nas trilhas para chegar às cachoeiras.







Eu e o grupo de mochileiros caminhamos 5 Km (quase 2 horas) no meio do cerrado seco e duro (definição da minha irmã), debaixo de Sol quente, com subidas bastante íngremes, atravessando pontes que "balançam, mas não caem", fazendo escaladas.


Cansados, com sede e com fome, ao fim da caminhada estávamos nos canyons, pensando: "valeu a pena o esforço, chegamos ao paraíso!". As fotos falam por si.

Fotos: Canyon 2












Ficamos uns 40 minutos aproveitando a água gelada da cachoeira e seguimos por uma trilha ainda mais difícil para chegar a cachoeira Cariocas, mais bonita que a anterior.

Daí a importância de carregar na mochila pelo menos 3 litros de água e alguma comida para nos abastecermos antes da caminhada de volta (mais 2 horas).

No trajeto até a Cariocas, há partes em que é preciso descer as pedras sentado, para não escorregar e despencar lá embaixo. O guia está sempre orientando os aventureiros para evitar que dêem um passo em falso.

Fotos: Cariocas


















Ao todo, fiz nesse dia os 10 Km mais difíceis da minha vida, para minha surpresa. Só quando pulei de asa delta, há dois anos, senti a mesma sensação de saber que agora estou pronta para enfrentar qualquer desafio.

Também somente após esta viagem entendi o nome da cidade "Alto Paraíso". Não adianta tentar explicar para quem nunca esteve no local. Para entender o porquê da fama da Chapada e da vila São Jorge - porta de entrada para o parque, para as fazendas e para o Vale da Lua - só vendo com os próprios olhos.

Em nenhum outro lugar do Brasil e, quiçá do mundo, podemos avistar um céu como o da Vila São Jorge. Pena eu não ter conseguido fotografar, mas como todos dizem, está registrado em minha memória.

Se der para imaginar, pense em uma pintura de um céu onde não haja sequer um espaço com ausência de estrelas. Para onde quer que você olhe, 360 graus ao seu redor, lá estão elas, piscando, mostrando um universo imenso acima de nós. Para completar, me emocionei ao ver nessa noite duas estrelas cadentes e, claro, fiz meus pedidos.

À noite, sugiro um jantar no restaurante Lua de São Jorge, na vila de mesmo nome. A comida e o atendimento são ótimos, o ambiente é a luz de velas, com música ao vivo, e tem até um espaço com lareira e colchões para deitar e apreciar o ceú estrelado.

Foto: Lua de São Jorge


Eu estive ainda na fazenda Raizama, onde foi realizado o festival Moonstock, com apresentação de bandas da região e de Brasília. Lá, fizemos mais 6 Km de trilha.

Fotos: Fazenda Raizama


















Nesse passeio, apenas não encontrei os tão falados E.T.s e nem vi a lendária base onde pousam os ovnis mas, quem sabe, em uma próxima oportunidade.

Agora, é seguir com a segunda etapa das minhas férias!!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fim do diploma deve modificar cursos de jornalismo

Fonte: Portal Imprensa » Últimas Notícias

Publicado em: 22/06/2009 08:54


Fim da exigência do diploma deve modificar cursos de jornalismo, dizem especialistas

Redação Portal IMPRENSA


A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em revoga a exigência do diploma no jornalismo deve modificar a estrutura das grades curriculares das escolas de ensino superior. No Ministério da Educação, um grupo de especialistas em comunicação discute alterações na prática do jornalismo dentro das faculdades e universidades do país.

Entre os projetos em estudo, está à volta do currículo generalista dos cursos de jornalismo, em que alunos cursavam matérias humanas comuns a outros cursos nos primeiros três anos, até que se opte pela especialização. A medida abriria portas para que alunos de outras áreas pudessem fazer jornalismo em um prazo menor de tempo.

Para o professor José Marques de Mello, da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), a tendência no Brasil é para que se valorize os cursos de mestrados como forma de diferencial, assim como ocorre nos EUA. O jornalista, porém, ainda acredita na formação generalista dos profissionais, que seriam responsáveis por fazer com que os jornais ampliem seu público de atuação.

Já na avaliação de José Luiz Proença, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), o fim da exigência não deve diminuir a adesão de alunos nas instituições de ensino de jornalismo. "No tempo anterior à obrigatoriedade, os cursos já tinham procura", diz o professor, acrescentando que a exigência da graduação na imprensa foi iniciada por lei em 1969.

Carlos Costa, coordenador de jornalismo da Cásper Líbero, acredita que os cursos chamados de "excelência" na área continuarão a ser diferenciais na formação de profissionais. "Quem tem talento e quiser ser um bom jornalista vai aproveitar muito se escolher um bom curso", disse.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Comissão da Câmara debate nesta quinta exigência do diploma para jornalista

Depois do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) protocolar no Senado a PEC que exige o diploma de curso superior de comunicação social para o exercício da profissão de jornalista, é a vez de a Câmara dos Deputados também aderir à causa.

Nesta quarta-feira (8), o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou a Proposta de Emenda à Constituição 386/2009, que visa restituir a exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão no Brasil.

A matéria recebeu 191 assinaturas, 20 além do necessário para tramitar na Câmara dos Deputados.

No dia 17 de junho, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) acabou com a exigência do diploma.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados realiza amanhã (9) audiência pública para debater o tema.

O encontro contará com a presença de ministros, jornalistas e professores de Comunicação Social. Devem estar presentes ainda o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes e o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo.

Jornalismo copia e cola

Sabemos que com o advento da internet, muitas pessoas ficaram tentadas a “copiar” e “colar” textos sem mencionar os devidos autores. Tudo começou como uma fonte de pesquisa e logo monografias e trabalhos acadêmicos passaram a ser plagiados sem nenhuma identificação da fonte bibliográfica.

A prática se estendeu ao jornalismo e tem se tornado comum ler em agências de notícias e jornais impressos textos completamente transcritos de outros veículos de comunicação sem o crédito dos autores. Algumas vezes, aparece o nome do autor, mas não é deixado claro que se trata de uma transcrição de material publicado antes em outro veículo, dando a entender que a pessoa que escreveu o texto é colaborador do jornal ou colunista.

É ainda mais grave quando, além de ser copiado, o texto vem assinado por outra pessoa, que sequer apurou as informações e nem sabe se são verdadeiras.

Na última semana, o Comunique-se publicou uma notícia de que uma jornalista recém-formada havia transcrito em um jornal do Estado de Tocantins uma crítica sobre o filme Transformers 2, publicada no site Omelete. A repórter teria apenas acrescentado uma frase ao final e assinado o texto com o nome dela. O jornal teve que publicar uma retratação e pedir desculpas aos leitores e ao autor da matéria.

Há alguns meses, um estudante irlandês preparou uma armadilha para importantes jornais e revistas internacionais, ao acrescentar na Wikipedia informações falsas ao perfil do compositor Maurice Jarre, morto em março deste ano.

O estudante queria fazer uma experiência, ao mostrar o perigo de não checar as informações divulgadas na internet. Vários jornalistas visitaram o site para fazer pesquisas, copiaram os dados e publicaram as informações erradas. Um mês depois, como o engano não havia sido percebido pelos órgãos de imprensa, o estudante enviou e-mails informando suas vítimas que a informação publicada era falsa.

Por sorte, meus textos nunca foram publicados por outros veículos, inclusive estrangeiros, sem a minha assinatura.

Essa é a diferença do bom jornalismo!



terça-feira, 7 de julho de 2009

Quem vence essa batalha? Parte II

Pessoal,

Para quem está acompanhando o assunto, começou a tramitar no Senado a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que exige o diploma de curso superior de comunicação social para o exercício da profissão de jornalista.

Foram colhidas 50 assinaturas de senadores, 23 a mais do que o necessário.

O autor da PEC, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), informou que o próximo passo é acionar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que realize uma audiência pública com a participação de todos os interessados no tema: entidades empresariais, estudantes, professores e representantes de jornalistas.

Como o Supremo Tribunal Federal parece não ter observado que os colaboradores já têm espaço assegurado para a livre manifestação de pensamento, o senador Valadares fez questão de acrescentar à PEC um parágrafo único que torna facultativa a exigência do diploma para colaboradores.

Assim, a exigência do diploma seria mantida com o acréscimo de um artigo à Constituição, o 220A, estabelecendo que o exercício da profissão de jornalista é privativo de portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo.

Sigo acompanhando a batalha, com a esperança de que o jornalismo continue a ser feito por quem entende de questões fundamentais, como ética profissional, imparcialidade, defesa dos direitos do cidadão e dos princípios constitucionais.