Queridos,
Inauguro este blog falando de um acontecimento que na última semana pegou de surpresa toda uma categoria de profissionais, causando, a princípio, uma apatia geral.
Vi jornalistas antigos e experientes indagando: “E agora, anularam minha vida!”. Vi jovens universitários e formandos se perguntando: “Por que passei todos esses anos estudando para obter um diploma e agora ele não serve para nada?”.
O fim da exigência de diploma para exercer a profissão de jornalista, anunciado pelo STF no último dia 17 de junho, fez gerações de profissionais irem dormir e acordarem no dia seguinte sem respostas enquanto seguiam para mais um dia de trabalho.
Eu tenho 11 anos de profissão e imagine se a partir de agora me perguntarem “o que você faz?”. Respondo: “Sou jornalista”. E a segunda pergunta vem automática: “com diploma ou sem diploma??”.
E que venham as piadas... Teoricamente, qualquer um agora é jornalista, segundo entendimento do STF, até que provem o contrário...
Piada mesmo, quem não achou foram aqueles pais que dão um duro danado para pagar a faculdade particular de seus filhos, aqueles jovens que precisam trabalhar para terminarem um curso superior que agora não vale nada, e aqueles já não tão jovens, que achavam que ter um diploma em pleno século XXI lhes daria melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Então depois de muito pensar... Cheguei à seguinte conclusão: Acabaram com o diploma... Mas e daí?
Então, disse aos meus experientes colegas, que depois de tantos anos de profissão, com tantos conhecimentos teóricos, práticos e técnicos, curso de especialização, cursos de aperfeiçoamento, não tem porque achar que anularam minha vida. Pelo contrário, o mercado de trabalho que já estava difícil vai ficar ainda pior com tantos novos jornalistas “sem diploma”. Mas não para nós, que conquistamos, com mérito, nosso espaço.
O argumento de nossos ministros é que todos têm direito ao exercício pleno das liberdades de expressão e informação.
Acontece que nós, da categoria dos jornalistas “com diploma”, não passamos quatro anos e meio na faculdade apenas divagando sobre assuntos e expressando nossos ideais. Para isso, tem outras faculdades mais afins. Creio que exercer o jornalismo vai bem além de exercer a liberdade de expressão.
A minha faculdade e meus estágios, pelos quais os “novos jornalistas” infelizmente não terão a oportunidade de passar, me ensinaram coisas fundamentais, como ética profissional, deontologia jornalística (série de obrigações e deveres que regem a profissão), diferença de linguagem de cada veículo de comunicação, imparcialidade, ouvir os dois lados dos fatos, além de conhecimentos técnicos e em outras áreas, como Economia e Direito.
Agora, não só os ministros do STF, o Presidente da República, como biólogos, matemáticos, terapeutas, psicólogos, enfermeiros, copeiros e diaristas, podem passar a escrever matérias para jornais, revistas, websites, programas de TV e de rádio.
O presidente do STF, Gilmar Mendes, comparou a profissão de jornalista com a de cozinheiro, o que embora não seja desmerecedor, foi muito infeliz devido à tamanha falta de afinidade entre as duas profissões. Temos bons chefes de cozinha no Brasil, assim como temos bons profissionais em todas as áreas acima citadas.
Mas a conduta profissional do cozinheiro não está associada à boa redação, imparcialidade, veracidade dos fatos, ética, defesa dos direitos do cidadão e dos princípios constitucionais, já a do jornalista, sim. E essa conduta faz parte dos códigos e leis que regem a profissão, aprendidos nas salas de aula das faculdades.
Portanto, cada um no seu quadrado.
Inauguro este blog falando de um acontecimento que na última semana pegou de surpresa toda uma categoria de profissionais, causando, a princípio, uma apatia geral.
Vi jornalistas antigos e experientes indagando: “E agora, anularam minha vida!”. Vi jovens universitários e formandos se perguntando: “Por que passei todos esses anos estudando para obter um diploma e agora ele não serve para nada?”.
O fim da exigência de diploma para exercer a profissão de jornalista, anunciado pelo STF no último dia 17 de junho, fez gerações de profissionais irem dormir e acordarem no dia seguinte sem respostas enquanto seguiam para mais um dia de trabalho.
Eu tenho 11 anos de profissão e imagine se a partir de agora me perguntarem “o que você faz?”. Respondo: “Sou jornalista”. E a segunda pergunta vem automática: “com diploma ou sem diploma??”.
E que venham as piadas... Teoricamente, qualquer um agora é jornalista, segundo entendimento do STF, até que provem o contrário...
Piada mesmo, quem não achou foram aqueles pais que dão um duro danado para pagar a faculdade particular de seus filhos, aqueles jovens que precisam trabalhar para terminarem um curso superior que agora não vale nada, e aqueles já não tão jovens, que achavam que ter um diploma em pleno século XXI lhes daria melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Então depois de muito pensar... Cheguei à seguinte conclusão: Acabaram com o diploma... Mas e daí?
Então, disse aos meus experientes colegas, que depois de tantos anos de profissão, com tantos conhecimentos teóricos, práticos e técnicos, curso de especialização, cursos de aperfeiçoamento, não tem porque achar que anularam minha vida. Pelo contrário, o mercado de trabalho que já estava difícil vai ficar ainda pior com tantos novos jornalistas “sem diploma”. Mas não para nós, que conquistamos, com mérito, nosso espaço.
O argumento de nossos ministros é que todos têm direito ao exercício pleno das liberdades de expressão e informação.
Acontece que nós, da categoria dos jornalistas “com diploma”, não passamos quatro anos e meio na faculdade apenas divagando sobre assuntos e expressando nossos ideais. Para isso, tem outras faculdades mais afins. Creio que exercer o jornalismo vai bem além de exercer a liberdade de expressão.
A minha faculdade e meus estágios, pelos quais os “novos jornalistas” infelizmente não terão a oportunidade de passar, me ensinaram coisas fundamentais, como ética profissional, deontologia jornalística (série de obrigações e deveres que regem a profissão), diferença de linguagem de cada veículo de comunicação, imparcialidade, ouvir os dois lados dos fatos, além de conhecimentos técnicos e em outras áreas, como Economia e Direito.
Agora, não só os ministros do STF, o Presidente da República, como biólogos, matemáticos, terapeutas, psicólogos, enfermeiros, copeiros e diaristas, podem passar a escrever matérias para jornais, revistas, websites, programas de TV e de rádio.
O presidente do STF, Gilmar Mendes, comparou a profissão de jornalista com a de cozinheiro, o que embora não seja desmerecedor, foi muito infeliz devido à tamanha falta de afinidade entre as duas profissões. Temos bons chefes de cozinha no Brasil, assim como temos bons profissionais em todas as áreas acima citadas.
Mas a conduta profissional do cozinheiro não está associada à boa redação, imparcialidade, veracidade dos fatos, ética, defesa dos direitos do cidadão e dos princípios constitucionais, já a do jornalista, sim. E essa conduta faz parte dos códigos e leis que regem a profissão, aprendidos nas salas de aula das faculdades.
Portanto, cada um no seu quadrado.
Muito bem posicionado!é por isso que eu tenho tanto orgulho dessa Nadia Faggiani!
ResponderExcluirIsto é prova da qualidade do seu trabalho, que foi conquistado com muito esforço,e apesar de qlqr lei inútil que seja criada, quem é jornalista de verdade sempre vai se destacar em meio a nova classe de peitudas siliconadas em roupas menores que acham que são jornalistas e só falam m****!
hahaha Valeu, garotinha!
ResponderExcluirBjss,
Nádia.